Virtuosi na Serra celebra 18ª edição com seis concertos gratuitos no FIG de Garanhuns
- Clemente Junio
- 15 de jul.
- 3 min de leitura
Atualizado: 17 de jul.

Na próxima sexta-feira, 18 de julho, Garanhuns acende as luzes da 18ª edição do Virtuosi na Serra, dentro do 33º Festival de Inverno de Garanhuns, com uma sequência de seis concertos totalmente gratuitos na Capela do Seminário São José. Até o dia 26, a partir das 19h (às 18h30 nos domingos), nomes de peso da música clássica brasileira invadem o coração do Agreste, levando música de câmara de alto nível ao público que curte desde o forró nas ladeiras até a atmosfera intimista dos cordofones.
Edson Cordeiro, o contratenor que já encantou plateias do mundo todo, abre os trabalhos na quinta, dia 18, acompanhado pela Orquestra Jovem de Pernambuco sob a regência de Carlos Anísio. Do barroco de Bach aos ritmos de Villa-Lobos, Cordeiro promete um repertório híbrido, “um convite para viajar entre o clássico e o nosso Brasil”, nas palavras do próprio artista.
No sábado, dia 19, o piano de Luis Felipe Oliveira assume o protagonismo com um recital que passeia pelo romantismo de Chopin, Brahms e Liszt, até as nuances impressionistas de Debussy. Natural de Gravatá e premiado em concursos como o International Edna Bassetti Habith (2022) e o Coimbra World Piano Meeting (2025), Luis Felipe traz técnica refinada e sensibilidade apurada ao palco sergipano.

Já no domingo, 20, quem toma conta é o Trio Capitu — flauta, clarinete e fagote em diálogo criativo entre Vivaldi e Chiquinha Gonzaga. “Nossa ideia é fazer o público sentir a música pulsando, quase como um bate-papo entre amigos”, explica Janaína Perotto, clarinetista do grupo.
Na segunda semana, os concertos retomam dia 24 com o violista Rafaell Altino, da Sinfônica de Odense (Dinamarca), e o pianista Lucas Thomazinho, num recital de Franck e Rachmaninov adaptados para viola. O próprio Thomazinho retorna solo no dia 25 para revisitar Chopin e Ronaldo Miranda, mostrando porque é considerado um dos gigantes da nova geração.
O gran finale acontece no sábado, 26, com a soprano Adriane Queiroz — há 23 anos no elenco da Staatsoper de Berlim — e a Orquestra Jovem de Pernambuco, regida por Nilson Galvão. Árias como “Ave Maria” de Verdi e o prelúdio de “Carmen” prometem emoção de arrepiar.
“É um prazer imenso levar música clássica de graça para o público da Serra”, celebra Ana Lúcia Altino, idealizadora e pianista que dirige o Virtuosi desde sua criação, em 1998, no Recife. “Cada acorde aqui se mistura ao burburinho das barracas de cuscuz e ao cheiro da chuva que chega no fim da tarde.”
VIRTUOSI - Criado em 1998 no Recife, o Virtuosi é um dos maiores festivais de música de câmara do Brasil. Fundado pelos músicos Rafael e Ana Lúcia Garcia, o festival tem se destacado por seu compromisso com a promoção da música erudita e a formação de plateias. Ao longo de mais de 25 edições, o Virtuosi tem trazido grandes artistas e consolidado sua posição no cenário cultural brasileiro, com apresentações em diversas cidades de Pernambuco, além de eventos especiais como o Virtuosi Brasil, Virtuosi Sem Fronteiras e Virtuosi Século XXI. O festival tem sido um pilar no desenvolvimento da música de câmara no Brasil, promovendo masterclasses, workshops e concertos com instrumentistas de várias nacionalidades, sempre com a missão de enriquecer a cena cultural do país.
Fonte: Assessoria Virtuosi
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Nota 0 para, mais uma vez, o local escolhido para o Virtuose! O espaço é lindo, mas pequeno demais para esse perfil de público. Um afronte mesmo! A abertura foi degradante, com pessoas ficando do lado de fora por não ter mais espaço, nem telão havia pra isso. Realmente, o FIG só perde, a cada ano!