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Apesar das multidões, devemos saborear nossa própria solidão e dançar, inadvertidamente, com ela.

Atualizado: 22 de jul. de 2023

Por Professor Pedro Henrique Teixeira

Não nos enganemos, a vida tende sempre a nos colocar em posição de defesa, a nos impor limites, a nos incentivar a dizer “não”. Viver é uma arte difícil e aqueles que se lançam na abertura existencial devem estar sempre atentos aos perigos massivos do viver.


Lembro das palavras de força e esperança que um dia li num desses livros que impulsionam nossas almas.


O enredo retrata a relutância de uma personagem em enfrentar seus sentimentos, dores e medos. A relutância em se entregar à paixão por medo de suas consequências. “Não. Nem quero” diz para si mesma. “Por seco e calmo ódio, quero isso mesmo, este silêncio feito de calor que a cigarra rude torna sensível”. O silêncio, a não ação. É isso que ela quer. “Quero que isto que é intolerável continue porque quero a eternidade. Quero esta espera contínua como o canto avermelhado da cigarra, pois tudo isso é a morte parada, é a Eternidade de trilhões de anos das estrelas e da Terra, é o cio sem desejo, os cães sem ladrar”.


É essa inação, esse cio sem desejo que faz daquela personagem aquilo que quase somos todos nós!


Diante dessa inação o professor se posiciona dizendo que é preciso vivermos apesar de! Quantos apesar de nós temos na vida?


“uma das coisas que aprendi é que se deve viver apesar de. Apesar de, se deve comer. Apesar de, se deve amar. Apesar de, se deve morrer. Inclusive muitas vezes é o próprio apesar de que nos empurra para a frente. Foi o apesar de que me deu uma angústia que insatisfeita foi a criadora de minha própria vida”.


Tomemos essa lição como que para nossa própria vida.


Apesar do frio, se deve ganhar as ruas, se apoderar dos espaços e se derramar em vida neles.


Apesar da chuva, se deve deixar molhar e sorrir aquecido por nosso próprio amor à vida e a arte.


Apesar dos políticos, se deve aproveitar o mundo em festa durante o inverno.


Apesar das multidões, devemos saborear nossa própria solidão e dançar, inadvertidamente, com ela.


Apesar dos fascistas, se deve lutar para que possamos ouvir música juntos e lutar juntos, independente de diferenças.


Apesar de tudo, se deve viver intensamente, festejar a existência, se entregar às paixões, beijar quente sob a chuva fria, se molhar na madrugada.


Apesar de tudo, devemos viver!


Professor Pedro Henrique Teixeira







Agradecimento Especial: Queremos expressar nossa gratidão ao Professor Pedro Henrique Teixeira pela valiosa contribuição que está dando ao texto do post no Guia do FIG. Sua colaboração está enriquecendo significativamente nossa plataforma e proporcionando aos nossos usuários uma experiência enriquecedora e informativa. Agradecemos por compartilhar seu conhecimento e expertise, tornando possível oferecer conteúdo de qualidade sobre o FIG. Contar com sua participação é uma honra para nossa equipe. Obrigado, Professor Pedro Henrique Teixeira!
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