Pedro Henrique Teixeira
Festival de inverno é sempre assim, expectativa para ir à rua curtir a obra humana representada em arte, ver a humanidade em nós se expressar nos mais diversos palcos, nas mais diversas formas de arte.
Oportunidade única de estarmos junto aos nossos semelhantes curtindo um estado de contemplação cultural de altas temperaturas afinal, “a felicidade é uma arma quente”, que contrasta com o frio delicioso que desce sobre todos nós para equilibrar nossas emoções.
Talvez um conceito de existência elaborado caiba para descrever esse “estado de poesia”, que se vive nos dias que a cidade se arruma para receber o frio e a arte, o calor humano e os encontros, que compõem a trama de paixões ardentes que é o festival de inverno.
Dasein foi um termo cunhado por Heidegger para tentar descrever o que era o espetáculo do existir humano, o milagre material da existência explicado numa palavra que descreve muito bem o que é curtir o FIG, uma palavra que expressa o milagre de “estar no mundo com os outros”. E o que é mais importante no FIG do que o milagre dos encontros, esse estar no mundo para e com os nossos semelhantes na terra.
Dasein, ser no mundo, aliás, para nosso contexto, ser no FIG, ocupar-se com a arte, com a cultura, e sobretudo com o outro ao nosso lado. Ser no FIG, estar na clareira, na festa, olhar todo mundo nos olhos. Viver o êxtase, o sair de si, para ver o que é novo, retirar a capa que encobre nossa coragem de conhecer novas pessoas, novas leituras de mundo, novas vivências. Nosso festival é um Dasein apaixonado pela vida! Um estar-se aberto ao poético ato de experimentar a arte e namorar tudo que é bom e belo.
Por isso viva o FIG, viva a arte, viva o namoro de todos nós com o fato de estarmos no mundo, vivos e abertos à vida.
--
Confira a programação completa do Festival de Inverno de Garanhuns no aplicativo App Guia do FIG.
Opmerkingen