De 18 a 27 de julho, Pernambuco se mobilizou em torno da 29ª edição do Festival de Inverno de Garanhuns (FIG). É nada menos que o maior festival de cultura brasileira do país, em número de atrações. Cerca de quinhentas apresentações gratuitas levaram para a cidade mais de três mil artistas.
Foto: Arretada Comunicação | Palco principal, FIG 2019
Em torno de 600 mil pessoas circularam pelo município, durante os 10 dias do evento, o que equivale a mais de cinco vezes a população de Garanhuns. Apenas o palco principal chegou a registrar um público em torno de 60 mil pessoas. A programação contou ainda com sete palcos de música, além de diversos espaços de teatros, galerias, tenda de circo, pavilhões, cinemas e auditórios dispersos pela cidade, e quase sempre lotados.
O FIG gerou 617 empregos diretos, sem contar com os milhares de artistas. E, para ocupar uma cidade inteira, movimentando toda a economia local (até o mercado de roupas de inverno aqueceu com o evento), o investimento foi de R$ 8 milhões do Governo de Pernambuco. A realização ficou a cargo da Secretaria de Cultura (Secult) e da Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe).
Foto: Arretada Comunicação | Letrux: Palco principal, FIG 2019
“Acredito muito na força transformadora da cultura. E a força que o FIG tem enquanto impulsionador da cultura, da economia da cultura e para trabalhar o olhar do público. Tivemos registros de todos os polos lotados”, avalia André Brasileiro, curador e coordenador-geral do FIG.
Foto: Arretada Comunicação | Francisco, El Hombre: Palco Pop, FIG 2019
Mercado cultural
O Festival também gerou um grande debate. A Plataforma FIG, que rolou no auditório do hotel Garanhuns Palace, se consolidou como um espaço de circulação da produção cultural pernambucana em conexão com outros territórios e novos mercados. Ali se formou um lugar de diálogo, que trouxe pesquisadores, artistas e produtores de todo o país para promover uma análise do mercado atual e possíveis formatos.
Durante a mesa sobre leis de incentivo, editais e captação de recursos, o público foi levado a refletir sobre as recentes mudanças na lei federal de incentivo à cultura, mais conhecida como Lei Rouanet, e o impacto de investir em arte para a economia brasileira.
Por: www.hypeness.com.br
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